segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Consumo no mercado livre de energia acompanha desaquecimento dos mercados nacionais

O Índice Setorial Comerc, disponibilizado pela Comerc Gestão, a maior gestora independente de energia elétrica do País, apurou queda de 1,92% no consumo de energia elétrica de suas unidades sob gestão em julho de 2012, quando comparado ao mesmo período do ano anterior. 

O movimento está em linha com o baixo crescimento da indústria observado no ano. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desempenho industrial registrou queda de 2,5% no segundo trimestre do ano, o que impacta diretamente nas linhas de produção e, consequentemente, no consumo de energia.




Mesmo com a tendência de diminuição, na análise de julho versus junho, do total de 12 setores analisados pelo Índice Setorial Comerc, oito apresentaram aumento no consumo de energia. 

O destaque fica para os segmentos de Papel e Celulose, com alta de 7,20%, Alimentos, que teve consumo 6,26% superior, e Eletroeletrônicos, com aumento de 4,91%. A média do consumo dos setores revelou alta de 2,51% no período.



O consumo de energia livre seguiu tendência de queda no primeiro semestre, acompanhando a desaceleração da economia nacional, que impacta com ênfase o desempenho e o nível de produção de diversos setores da indústria, responsáveis pela maior parte da energia consumida por meio de contratos firmados no mercado livre.



Perfil - A Comerc Energia foi fundada em 2001 e é formada por duas empresas: a Comerc Gestão e a Comerc Trading. A Comerc Gestão é a maior gestora independente de energia elétrica do País, responsável por gerir 15% da carga de energia de consumidores livres. 

O objetivo da empresa é maximizar a redução de custo de energia elétrica e atender plenamente as necessidades do cliente no curto, médio e longo prazo, por meio da elaboração de estratégias de posicionamento e de estruturas de gerenciamento de energia. 

A gestora também administra 3.300 MW de potência de geração (produtores independentes e auto produtores), buscando a criação de valor para o cliente por meio de estratégias de comercialização rentáveis, seguras e eficientes.

A Comerc Trading está entre as 10 maiores do País por montante de energia comercializada. Entre as comercializadoras independentes, a Comerc está na liderança. 

A empresa faz parte da aliança internacional Energy Experts, juntamente à norueguesa Bergen Energi e à norte-americana Delta Energy. 

A aliança oferece soluções globais em gerenciamento e estruturação de estratégias de contratação de energia elétrica para consumidores multinacionais. [ www.comerc.com.br].

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Maior controle no mercado livre de energia vai aumentar os preços


Uma nova norma para aumentar o controle sobre o mercado livre de energia, a portaria 455 do Ministério das Minas e Energia (MME), que entra em vigor em 1º de novembro, está levando ao mercado insegurança e expectativa de alta de preços. 

O mercado livre de energia é o segmento alternativo ao mercado cativo, no qual os consumidores têm contrato fixo com um fornecedor. 

No mercado livre - ou Ambiente de Contratação Livre (ACL) -, grandes consumidores, como indústrias, compram energia para certo período. 

Ao fim do mês, depois que a energia é usada, verifica-se o consumo e os contratos são ajustados e registrados (ex-post).


Se gasta mais energia do que o contratado, o usuário também pode equacionar as contas com mercado spot (à vista), o PLD - preço de liquidação das diferenças, publicado pela CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), que é somado a um ágio.

Há anos o mercado pede ao governo que permita a usuários vender os volumes comprados e que excedem ao usado.

O tema foi tratado em audiência pública em março de 2010, mas ficou sem respostas.

Além de não resolver a questão, a portaria trouxe amarras. 

Ela determina que os contratos não podem mais ser registrados depois do uso (ex-post). 

Os registros deverão ser mensais a partir de 1º de novembro até 30 de junho de 2013, quando a frequência passa a ser semanal. 

Na fase de transição - de registros mensais -, poderão ser feitas alterações, após a verificação do consumo, nos montantes registrados antes do uso.

A partir de julho, os ajustes são vedados. "Os montantes só poderão ser alterados antes do início da semana de entrega da energia. 

Se não podem fazer registros posteriores, os consumidores não podem ajustar os contratos conforme o consumo, como acontece hoje", diz Luis Gameiro, diretor da Trade Energy, uma das comercializadoras do setor.

Fonte: Brasil Econômico

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Abraceel propõe que mercado livre atue em energia nova

Agência Estado
A Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) propôs ao governo a participação do mercado livre nos leilões de energia nova, especialmente em empreendimentos hidrelétricos, disse o presidente da entidade, Reginaldo Medeiros



"Essa proposta é muito mais focada nas hidrelétricas de serviço público, que são aquelas com potência superior a 50 megawatts", afirmou.

A medida faz parte de um conjunto de sugestões feitas ao Ministério de Minas e Energia e à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). 

Entidades do setor estimam que, se implementadas, as ações alavancariam 12 mil megawatts (MW) em fontes limpas, o que corresponderia a investimentos de R$ 24 bilhões, via mercado livre.

A Abraceel e outras associações já vinham defendendo o acesso do mercado livre aos leilões de energia velha. 

Com o vencimento das concessões de uma série de hidrelétricas em 2015, entidades ligadas ao mercado livre receiam uma fuga de consumidores do segmento. 

Temendo que muitos migrem para o mercado regulado, que terá preços em declínio com a amortização das usinas que estão por vencer, o grupo capitaneado pela Abraceel pede ao governo que parte da energia desses empreendimentos vá para o mercado livre.

"Se o governo resolver destinar toda essa energia apenas ao mercado cativo, distorcerá a formação de preços. Quem está no mercado livre vai ficar tentado a voltar para o mercado cativo e essa energia não é suficiente para todos", alertou Medeiros. "Sugerimos a medida ao governo para que haja equilíbrio entre os dois mercados e não vejamos uma fuga desnecessária do livre para o regulado."

O executivo não quis estimar que parcela da energia das usinas, cujas concessões estão por vencer, precisaria ser enviada ao mercado livre. 

A proposta defendida prevê que os leilões de energia velha sejam feitos por rodadas, priorizando o mercado regulado. 

"Na nossa sugestão para o leilão, o primeiro round seria para o mercado regulado", disse. A demanda que não fosse atendida seria direcionada para o segmento livre.

As propostas são do movimento Ano do Mercado Livre de Energia, composto, além da Abraceel, pelas associações de Energia Eólica (Abeeólica), de Investidores em Autoprodução de Energia (Abiape), de Grandes Consumidores Industriais de Energia e Consumidores Livres (Abrace), entre outras.

Cidadão Repórter