terça-feira, 31 de julho de 2012

BNDES vai examinar financiamentos para mercado livre

Os comercializadores de energia elétrica poderão oferecer garantias para projetos de energia renovável que tenham financiamentos do BNDES, segundo foi explicado durante a reunião realizada no dia 26 de julho, no Rio de Janeiro.


A proposta ainda está sendo finalizada no âmbito do BNDES e estabelece que as comercializadoras atuariam como uma espécie de catalisadores dos PPA´s derivados de projetos de energia renovável, considerando os clientes especiais que essas empresas detêm em suas respectivas carteiras.

Ao BNDES caberia avaliar o risco da comercializadora, a garantia que a comercializadora daria ao projeto, o porte do comercializador, a efetiva garantia em honrar seus compromissos e os tipos de contratos que mantém com os consumidores. 

Entretanto, o banco se reserva ao direito de examinar cada caso isoladamente.

A Abraceel foi representada pelo conselheiro José Amorim e por Reginaldo Medeiros. Também participaram dirigentes da Abeeólica, Abragel e da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Única). 

"Isso é um avanço, porque até então, o banco não aceitava financiar projetos para o mercado livre. 

Não é que ele esteja aceitando agora, mas vai analisar as operações", declarou Medeiros.

Mercado livre é saída para baratear energia

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Não bastassem os desafios que a grande maioria conhece, os empresários brasileiros ainda têm que produzir com competitividade mesmo diante de uma política trabalhista arcaica e pagando pela energia elétrica o dobro da média mundial. 

Pelo menos no aspecto da tarifa há mudanças importantes que começam a ganhar corpo no País. 

Oportunidades do mercado livre de energia foi o tema que trouxe à Acic, na noite de quinta-feira, a gerente de Negócios da Electra Energy, de Curitiba, Neide Alves Dalla Vecchia.

O surgimento de empresas como a Electra resulta de uma reestruturação que retiram a exclusividade, por parte dos consumidores, de compra de energia apenas das distribuidoras locais - estatais como a Copel. 

Aos grandes consumidores, com fatura acima dos R$ 50 mil mensais, já é possível contratar o serviço de fornecimento do setor privado, empresas que atuam na geração a partir de matrizes limpas, como a hidráulica, eólica, solar e resultante da biomassa. 

Além da redução da tarifa entre 12% e 20%, a diminuição depende de consumo e fatores técnicos, há outras vantagens na compra a partir do mercado livre.

Neide informou que um dos principais diferenciais é pagar preço igual em todos os horários de fornecimento. 

Difere do sistema convencional, que aplica tabelas distintas durante o dia, a exemplo do que ocorre no chamado horário de pico - início da noite. 

Por enquanto, a lei em vigor permite apenas que grandes consumidores optem por comprar energia de empresas privadas, mas esse é um benefício que deveria, e logo, assistir a todos, entende o presidente do Conselho Superior da Acic, Alvaro Largura. 

"É um absurdo o que se paga de energia no Brasil, no mínimo o dobro de qualquer país desenvolvido", afirmou.

Investimento
A mudança do sistema convencional para o privado não requer grandes investimentos do comprador, informa Neide. A forma de recepção é a mesma da que é usada hoje, sem nenhuma substituição. 

É necessário, no entanto, comprar equipamentos para medição e faturamento. 

No entanto, como a Copel, no caso do Paraná, continuará a fazer a distribuição, ela custeará o valor dos equipamentos. 

Ao cliente final caberá apenas adquirir um sistema para backup.

Vantagens
Além de valor único de cobrança em qualquer horário de fornecimento, o consumidor ainda poderá fazer aquisições de curto, médio e longo prazos, definir aspectos de consumo segundo a sazonalidade do negócio e ter acesso a uma energia limpa, o que acaba por facilitar a integração da empresa aos conceitos das normas de qualidade. 

Há um mecanismo possível também que permite a médias e pequenas empresas ter acesso aos benefícios do mercado livre de energia, é a formação de um pool para que a soma de consumo compense a mudança. 

Todo o processo, o que também garante a solidez do sistema, é acompanhado pelo Ministério de Minas e Energia, agência reguladora e conselhos.

Legenda da foto: A gerente de Negócios da Electra Energy, Neide Dalla Vecchio, que apresentou informações a empresários na Acic - Crédito: César Machado/Vale Press


segunda-feira, 30 de julho de 2012

Ampliação do mercado livre de energia impacta em redução do Custo Brasil

Além disso, dá mais liquidez à commoditie energética. Para ampliar o setor, os limites de elegibilidade para a migração deveriam ser reduzidos. 

Para grandes empresas e indústrias, por exemplo, dos atuais 3 MW (energia convencional) ou 500 KW (energia incentivada) para toda Alta Tensão (AT).


Apesar do constante crescimento do mercado livre no Brasil, o setor está atrás dos demais países latino-americanos, no que diz respeito à ampliação dos aspectos da elegibilidade na migração de consumidores. 

“Se compararmos com o cenário da América do Norte e Europa, estamos ainda mais atrasados. 

Desde a década de 90, essas nações já iniciaram a desregulamentação, permitindo até residências terem o acesso ao mercado livre”, afirma Luis Gameiro, diretor da Trade Energy, comercializadora independente de energia. 

Para ampliar o setor, os limites de elegibilidade para a migração deveriam ser reduzidos. Para grandes empresas e indústrias, por exemplo, dos atuais 3 MW (energia convencional) ou 500 KW (energia incentivada) para toda Alta Tensão (AT). Já aos pequenos consumidores, o livre acesso, incluindo para as residências. 

Mas, de acordo com o executivo, outras medidas também deveriam ser adotadas.

“Desde a isonomia ao mercado cativo nos sistemas de medição, até a adequação das atuais comercializadoras para atendimento de varejo. São algumas das iniciativas que precisam ocorrer para permitir uma maior inserção no segmento”. 

Os resultados destas iniciativas impactariam na economia brasileira, com a redução do Custo Brasil e maior liquidez da commoditie de energia.

Diversas associações do setor elétrico estão propondo uma agenda de consenso, com a redução gradativa da elegibilidade para o consumidor livre, diminuindo gradativamente a demanda mínima contratada.

“A Trade Energy é a favor da liberação imediata do mercado livre para toda Alta Tensão (AT). Esta iniciativa proporcionaria ao segmento livre a expansão dos atuais 28% para até 58% de todo o consumo de energia do Brasil. 

Outro aspecto positivo é a possibilidade de consumidores industriais e comerciais reduzirem suas despesas com energia elétrica. 

A legislação atual permitiria ao poder concedente, neste caso representada pelo Ministério de Minas e Energia, reduzir os níveis de elegibilidade de demanda e tensão desde julho de 2003”, finaliza Gameiro.

Redução no preço da energia mantém vantagem do mercado livre

A redução de até 10% nas cobranças adicionais das tarifas de energia elétrica em função da possível supressão de diversos encargos setoriais, anunciada na quinta-feira (26) pelo Ministério de Minas e Energia, não trouxe mudanças com relação à melhor escolha de contratação de energia elétrica para o consumidor. 


Mesmo com a alteração, o Mercado Livre se manteve como sendo a melhor alternativa para empresas que desejam otimizar seus custos relacionados ao consumo de energia elétrica.

O gerente de Regulação e Back Office da Safira Energia, Fábio Cuberos, explica que o preço final da energia elétrica, tanto no Mercado Cativo, como no Mercado Livre, é composto por duas parcelas: 

uma referente ao custo da energia e outra referente à utilização dos sistemas de transmissão/distribuição (TUST/TUSD), na qual incidirá a redução das cobranças. 

“O corte anunciado pelo Ministério acontecerá nessa segunda parcela da tarifa. Ou seja, ao migrar para o Mercado Livre, o consumidor pagará a mesma composição de preço, em duas partes, porém, além da redução referente aos encargos para a utilização dos sistemas de transmissão e distribuição, o comprador também tem a opção de pagar menos na parcela referente ao custo da energia, podendo optar pela contratação nas condições que melhor lhe atendem”, explica.

SOBRE O GRUPO SAFIRA

A Safira é um grupo de capital nacional, que reúne profissionais especializados e experientes no setor elétrico. 

Agente de comercialização homologado pela ANEEL e CCEE, é apta a negociar energia incentivada e convencional. 

Além disso, atua como consultora e prestadora de serviços de representação de agentes no âmbito da CCEE.

Com taxa de crescimento dos montantes negociados em torno de 30% ao ano, a expectativa de faturamento da empresa para 2012 é de R$ 250 milhões. 

Para isso, sua estratégia passa pela ampliação do número de clientes atendidos pela comercializadora e consultoria em energia, bem como o aumento dos montantes negociados no mercado.

Mais informações para imprensa:
Grupo Image Soluções em Comunicação – Fone: (11) 3392-3025
Daniel Candido – daniel@grupoimagecom.com.br – (11) 9454-5124
Rubens Nogueira – rubens@grupoimagecom.com.br – (11) 7541-8013

terça-feira, 24 de julho de 2012

Cresce número de shoppings que aderem ao mercado livre atrás de energia limpa e barata

A cada duas semanas, um shopping center brasileiro adere ao Mercado Livre de Energia, considerando-se os dados dos últimos dois anos. 

Desde 2010, a adesão desses estabelecimentos cresceu 118%, uma explosão que levou ao número de 109 unidades que podem escolher livremente o seu fornecedor de eletricidade.

                                      Shopping Dubai Mall

O aumento se deve à redução de custos nas tarifas, em torno de 10% a 20%, e também para garantir um suprimento a partir de fontes limpas, como eólica, solar, biomassa e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). 

Empresas que têm contas de luz acima de R$ 100 mil por mês podem virar "clientes especiais", ou seja, não são obrigadas a contratar a energia das suas concessionárias locais.

"Esse movimento demonstra como o modelo é eficiente para reduzir custos e garantir políticas de sustentabilidade", explica Reginaldo Medeiros, presidente da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) e coordenador da campanha 

"Ano do Mercado Livre de Energia", iniciativa promovida por nove entidades do setor elétrico.

Em 2002, o Parque D. Pedro Shopping, na cidade de Campinas, interior de São Paulo, foi o primeiro shopping a aderir ao Mercado Livre de Energia. 

Desde então, esse numero só cresce. "Isso revela como as experiências têm sido positivas", complementa Medeiros.

Os dados são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), órgão criado em 2004 para registrar e contabilizar os contratos firmados no mercado de energia elétrica do Brasil.

Sobre o Ano do Mercado Livre de Energia a campanha "2012- Ano do Mercado Livre de Energia", nasceu com o objetivo de conscientizar autoridades públicas e agentes privados sobre a importância vital da negociação desregulamentada para a competitividade da indústria no País, bem como na blindagem contra a inflação.

O "Ano do Mercado Livre de Energia" é uma iniciativa das entidades:
 
Abeeólica (energia eólica), 
Abiape (investidores em autoprodução de energia), 
Abrace, (grandes consumidores industriais de energia e consumidores livres), Abraceel (comercializadores), 
Abragel (geração de energia limpa), 
Abragef (geração flexível), 
Abraget (geração térmica), 
Anace (consumidores de energia) e 
Apine (produtores independentes).

Fonte: MS Record