Consumidores livres poderão contar com a simplificação no processo de adesão
O mercado livre de energia aguarda as adequações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) referentes à figura do comercializador varejista, que está prevista para ser implementada no segundo semestre deste ano.
Outro ponto esperado pelo setor é a simplificação do sistema de medição, que está em Audiência Pública na Aneel.
"O Sistema de Medição de Faturamento do mercado livre deveria ser o mesmo adotado no cativo, assim, evitaria o investimento entre R$ 20 mil e R$ 30 mil para obter um pro cesso igual ao de uma usina, como Itaipu.
Para gerar a isonomia entre os ambientes de contratação livre e cativo, a medição precisaria ser a mesma, e a responsabilidade da correta informação seria do agente de medição", afirma Walfrido Avila, presidente da Trade Energy, comercializadora de energia.
Segundo o executivo, apesar do consumidor livre ser responsável, outra ação que beneficiaria a implementação deste agente seria a permissão da comercializadora fornecedora de energia, em último caso, suspender o fornecimento por falta de pagamento, suspensão essa a ser efetuada pela distribuidora responsável.
Os comercializadores varejistas terão que tomar as devidas precauções em relação à eventual inadimplência dos consumidores livres, incidindo diretamente nas suas contabilizações, iniciativa que viria ajudar em muito os processos de garantia financeira.
Já os consumidores livres poderão contar com a simplificação no processo de adesão, atualmente obrigatório na CCEE, permitindo uma quantidade maior de consumidores.
"Com a figura do comercializador varejista haverá um aumento na migração para o mercado livre, principalmente aqueles que têm carga inferior a 500 KW unitariamente, mas que somados atingem essa cifra, contendo o mesmo CNPJ, ou que estejam na mesma área", finaliza Avila.
Fonte: Agência Último Instante