segunda-feira, 5 de maio de 2014

Mercado livre de energia aguarda modificações para a implementação do comercializador varejista

Consumidores livres poderão contar com a simplificação no processo de adesão



O mercado livre de energia aguarda as adequações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) referentes à figura do comercializador varejista, que está prevista para ser implementada no segundo semestre deste ano. 

Outro ponto esperado pelo setor é a simplificação do sistema de medição, que está em Audiência Pública na Aneel.

"O Sistema de Medição de Faturamento do mercado livre deveria ser o mesmo adotado no cativo, assim, evitaria o investimento entre R$ 20 mil e R$ 30 mil para obter um pro cesso igual ao de uma usina, como Itaipu. 

Para gerar a isonomia entre os ambientes de contratação livre e cativo, a medição precisaria ser a mesma, e a responsabilidade da correta informação seria do agente de medição", afirma Walfrido Avila, presidente da Trade Energy, comercializadora de energia. 

Segundo o executivo, apesar do consumidor livre ser responsável, outra ação que beneficiaria a implementação deste agente seria a permissão da comercializadora fornecedora de energia, em último caso, suspender o fornecimento por falta de pagamento, suspensão essa a ser efetuada pela distribuidora responsável. 

Os comercializadores varejistas terão que tomar as devidas precauções em relação à eventual inadimplência dos consumidores livres, incidindo diretamente nas suas contabilizações, iniciativa que viria ajudar em muito os processos de garantia financeira.

Já os consumidores livres poderão contar com a simplificação no processo de adesão, atualmente obrigatório na CCEE, permitindo uma quantidade maior de consumidores.

"Com a figura do comercializador varejista haverá um aumento na migração para o mercado livre, principalmente aqueles que têm carga inferior a 500 KW unitariamente, mas que somados atingem essa cifra, contendo o mesmo CNPJ, ou que estejam na mesma área", finaliza Avila.

Fonte: Agência Último Instante 

Richa aprova estratégia da Copel em leilão de energia

Copel
A estratégia da Copel de compra de energia no leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) foi decidida pelo governador Beto Richa em reunião com a diretoria da empresa. 

A estatal paranaense foi a distribuidora que mais contratou no leilão realizado na última quarta. A companhia contratou 19,2 milhões de megawatts-hora e reduziu em 100% sua exposição no mercado livre.

“A desorganização por qual passa o setor elétrico nacional deixou a Copel sem alternativa. Ou contratava agora ou continuava no risco de pagar preços altíssimos no mercado livre, onerando ainda mais a tarifa ao consumidor”, disse Richa. 

O preço médio da energia contratada foi de R$ 268,33 o MWh. 

Esse custo será repassado à tarifa ainda neste ano para as empresas que não ainda tiveram o reajuste anual autorizado pela Aneel. O reajuste da Copel será homologado pela agência do Governo Federal em junho.

No mercado livre, o custo do megawatt-hora está em R$ 822,83. 

A Copel estava tendo que comprar energia nesse preço porque usinas de empresas de fora do Paraná que deveriam fornecer à Copel não ficaram prontas, obrigando a empresa a comprar no mercado livre. 

Apesar de o Paraná ser superavitário na geração energia elétrica, esta geração não pode ser fornecida diretamente para a Copel ou para o Estado. A energia vai para o sistema interligado nacional e sua venda às distribuidoras é feita pelos leilões do governo federal.

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